O ADEUS
Lá está o Estádio Severiano Gomes, submisso ao tempo; o silêncio, agora, cultiva a solidão. Outrora , a voz de Mário Santos foi tratada naquele recinto esportivo como uma orquídea rara. Sim eu disse. "Outrora!" Mas o tempo passou, e o velho locutor esportivo, vindo do Sítio Gavião, encerrou sua carreira. haverá aqueles que, um dia, perguntarão: "Por que o nosso narrador nos deixou?" E eu lhes digo: "Dentro e fora das quatro linhas, o dia chegou e o apito final encerrou minhas partidas de futebol."
Na sexta-feira, na feira livre, a cada amigo que perguntar pelo Escrete do Povo, contarei em linhas sagradas a história de nossa equipe esportiva. Falarei de Clemildo Galdino, de Duda Sabral, de Gerson Gonçalves, esses três rapazes, por tudo o que fizeram pelo futebol da cidade, deveriam ser saudados pela torcida ibirajubense como dois Césares da antiga Roma. Pois bem, voltando ao assunto inicial... o velho Mário Santos, em sua despedida, agradece ao torcedor mais educado do Brasil, presenteando-o, de maneira narrativa, com o último gol, que balançará eternamente as redes da saudade!