A crônica do meu sentimento
MÃE
Há 3 anos, minha mãe faleceu.
Portanto já são 3 anos que ninguém nunca mais me amou igual a você, minha querida mamãe.
Meu primeiro sapato que tanto eu queria, foi você minha mãe que me deu.
Na Escola, quando alguém me elogiou, a senhora ficou orgulhosa.
Quando só tínhamos o feijão e a farinha, a senhora saia pra chorar, e eu fingia não vê.
Mãezinha querida, às flores dama-da-noite que a senhora plantou, nunca mais tiveram o mesmo perfume.
Quando o carro do algodão-doce passava na rua, que felicidade, mas o aviso vinha: "Só pegue um".
Certa vez, a senhora ficou doente, não tínhamos dinheiro, naquele quarto escuro, nós dois choramos.
Meu primeiro dia na escola Manoel Moreira da Costa, a senhora levou-me até o portão, a luz do seu olhar deu-me letras, lágrimas e saudades de você.
Quando chovia, como era bom, um cafezinho, fogão de lenha e a senhora que era tudo.
Hoje sou um velho, mas todos os dias queria correr como criança, viver do nada, e ter a senhora minha querida mamãe.