A crônica do meu sentimento
A VIRADA
Esse negócio de virada, acho que não cai bem.
Virada? Prefiro despedida, fim de ano, morte e ressurreição dos meses, virada não1
É bem verdade, que os garfos no ano novo, continuarão com seus 4 dentes, e a rua 26 de Março no Mutirão, continuará sendo a Paris de Ibirajuba. Papai Noel ficará no ano passado, e o Rio Chata fará chá de Boldo para o Rio Una. Tudo isso, sem intervalo e sem crise de náuseas.
Meu primo Garibaldi, a meia noite do último dia do ano, mandará mensagem pelo o WhatsApp, desejando feliz ano novo para Clemildo Galdino e Duda Sobral e para Mário Santos? Garibaldi dirá: "Rapaz, por que não chamasse Clemildo Galdino e Duda Sobral para a virada do ano, na 26 de março? Feliz Ano Novo"! E a vida segue, com cobras e lagartos, e uma meia dúzia de primitivos, comendo moscas na mesa da burguesia que nunca tomou um caldo de cana com pão doce na Kombi de João.
Até debaixo dos eucaliptos, os quadrúpedes berrarão anunciando a virada.
Virada Não, Ano novo.
Se é que vocês me entendem.