segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

BRUMADINHO-MG: AOS POUCOS, A LAMA VAI MATANDO O RIO PARAOPEBA.

A morte do rio é a consequência imediata do desastre ambiental provocado pelo rompimento da barragem.
Em um dos locais mais simbólicos da tragédia de Brumadinho - onde o pontilhão da ferrovia sobre o Córrego do Feijão foi rompido ao meio pela força da onda de lama de rejeitos da Vale e o que restou é uma terra arrasada que mais lembra um cenário de guerra -, os passarinhos ainda cantam. Ali já não existem mais peixes. Nas bordas tampouco se sentem os insetos. Mas quatro, cinco, meia dúzia de espécies de aves - encarapitadas na mata que testemunhou o desastre - ainda cantarolam como se a natureza não tivesse sido alterada. 

O cenário foi observado pela reportagem neste e em outros pontos ao longo do curso do Rio Paraopeba de quinta-feira a domingo. Pode ser apenas uma questão de tempo, porém, para que tudo ali silencie. Foi assim há cerca de três anos na Bacia do Rio Doce, atingida pelo rompimento da barragem da Samarco, em Mariana. A morte do rio é a consequência imediata do desastre ambiental. Algum tempo depois, outros bichos vão desaparecendo ou migrando para outras regiões. 

"Um ano depois do desastre, não se ouvia mais nada. A gente via aves com o papo vazio, morrendo de fome. Aqui pode ser que ocorra algo semelhante. Espero estar errada", comenta a bióloga Marta Marcondes, pesquisadora da Universidade Municipal de São Caetano do Sul, enquanto monitora com sondas e outros instrumentos indicadores como o nível de oxigenação, em um ponto a cerca de 80 km de Brumadinho. Marta acompanha uma expedição da Fundação SOS Mata Atlântica, que começou na quinta-feira a monitorar a qualidade da água em diversos trechos do rio, seguindo seu rumo em direção ao encontro do São Francisco, por 356 quilômetros. 

O trabalho partiu do chamado "marco zero", um ponto imediatamente anterior ao local onde a onda de rejeitos que desceu na barragem rompida encontrou o Paraopeba. Ali a água não estava tomada pela lama, mas já começava a ficar comprometida, com nível ruim. Uma medida anterior ao acidente dava o local como regular. Quase todos os demais pontos analisados, porém, já apareciam como péssimos, com exceção de apenas dois locais. A reportagem acompanhou a expedição até a altura de Juatuba e se deparou o tempo todo com uma imagem marrom-avermelhada, densa, que em nada se parece com um rio que possa suportar alguma vida. Nas palavras de Malu Ribeiro, coordenadora do projeto, a água virou uma espécie de chocolate derretido ou ferro líquido. 

Em um dos poucos pontos em que a qualidade foi identificada como ruim, em Juatuba, a equipe chegou a se empolgar com a presença de alevinos e alguns insetos. Parecia que a vida não tinha sido tão afetada. Mas foi uma falsa impressão. Nas margens do rio, nascentes limpas protegidas por uma fina faixa de mata ciliar serviam de proteção aos bichos. Mais no meio do corpo d'água, os indicadores não deixavam dúvida. "A turbidez está em 5.510, quando o máximo aceitável é 100. Não tem como chegar luz, não tem como ter vida", afirmou Malu diante dos resultados. 

Em um outro ponto, no município de São Joaquim de Bicas, onde vive um grupo indígena "desgarrado" dos Pataxós da Bahia, o cheiro de peixe podre prenuncia metros antes o cenário de devastação. "A meu ver, isso aqui não é lama, rejeito, nada, é sangue", disse, chorando, a agricultora familiar Antonia Aguilar Santos, de 61 anos, em alusão às 121 vítimas do desastre. "Este rio significava muito. É onde a gente toma banho no calor. No almoço de domingo, quando os amigos vêm visitar, descia com as comidas para a beira do rio e ficávamos lá. Fora a pesca…" 

Tahhão, de 55 anos, que faz as vezes de guarda indígena, conta que o rio é fonte de peixes para a tribo. A prainha do local acabou se tornando um local de celebrações e já é considerada sagrada para eles, apesar de ocuparem a região há apenas dois anos. "É que sem água não existe vida, então virou sagrado para a gente", conta, quando nos aproximamos do local. Pelos seus cálculos, uns 300 quilos de peixes mortos já foram retirados da região desde que o rio foi contaminado pela lama. 

Em seus mais de 500 quilômetros, o Rio Paraopeba esconde mais de 120 espécies de peixes, agora ameaçadas pela lama. Como afluente do São Francisco, recebe muitos animais na piracema, período de reprodução dos peixes. "Algumas espécies podem se deslocar até 200 quilômetros", explica o biólogo e consultor na área ambiental Carlos Bernardo Mascarenhas Alves. 

A mancha de lama ainda seguia meio devagar pelo Paraopeba e os pesquisadores ainda não se arriscavam a dizer se vai mesmo chegar ao São Francisco, o maior temor do grupo. Mas nesta semana estão previstas pancadas de chuva todos os dias em Brumadinho e isso tende a acelerar o processo de dispersão. 

Por causa do rompimento da barragem em Brumadinho, o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) já alertou que a água não deve ser usada para consumo, o que impede a pesca também. Em alguns trechos atingidos pela lama, os órgãos ambientais já verificaram quantidades de metais como manganês, ferro e mercúrio acima das aceitáveis.
Fonte: Notícias ao Minuito.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

PRODUÇÃO INDUSTRIAL TEM ALTA DE 1,1% EM 2018, DIZ O IBGE.

O dado é da  Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF)
A produção industrial brasileira fechou 2018 com um crescimento de 1,1%.

O dado é da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF), divulgada hoje (1/2), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 

Em dezembro, a produção industrial cresceu 0,2% na comparação com novembro. Na média móvel trimestral, também houve alta de 0,2%. Já na comparação com dezembro de 2017, houve uma queda de 3,6%. Com informações da Agência Brasil.  
Fonte: Notícias ao Minuto.

GOLPE: HACKERS USAM A TRAGÉDIA EM BRUMADINHO PARA ACESSAR DADOS DE USUÁRIOS.

Golpe se dá por meio do envio de mensagens falsas contendo link malicioso.
Hackers estão usando a tragédia em Brumadinho (MG) para acessar dados de usuários brasileiros, por meio do envio de mensagens falsas a aparelhos de celular. 

Para chamar a atenção dos receptores, eles usam a logo da Rede Globo e o título "Plantão Globo informa". Na tela, ainda aparece a descrição do material: "Vídeo do rompimento da barragem".  

Em outra mensagem, os cibercriminosos destacam: "Câmeras de segurança do restaurante filmam exato momento do rompimento da barragem e o desespero dos funcionários sendo levados pela lama. Veja antes que advogados da Vale tirem do ar, cenas fortes". Logo em seguida, aparece o link malicioso

Segundo especialistas em cibersegurança, as notificações são enviadas para números que tenham caído em vazamentos ou golpes anteriores. Os hackers também estão espalhando as mensagens por meio de correntes no WhatsApp.
Fonte: Notícias ao Minuto.

QUINTA-FEIRA VIOLENTA EM CARUARU-PE.

Três Homicídios forma registrados.

VÍTIMA
Foto: divulgação Blog do Adielson Galvão.
O primeiro Homicídio aconteceu na tarde na esquina das ruas Veneranda de Freitas Torres com a Severino Diamantino no bairro São João da Escócia. 

A vítima o ex-presidiário, Leandro Batista de Oliveira de 25 anos conhecido como "Mago" que morava na Rua Pedro Gomes Silveira no bairro Riachão.

Segundo testemunhas a vítima toda tarde ia buscar a esposa que trabalha em um fabrico,ele estava a esperando como fazia todos os dias quanto acabou sendo abordado por um elemento a pé que efetuou os disparos e depois fugiu a pé.

O corpo foi encaminhado para o IML local.
------------------------------------------------------------------------------------------

VÍTIMA
Foto: divulgação Blog do Adielson Galvão.
O outro assassinato aconteceu na Rua do Pacífico, no bairro Santa Rosa.

A vítima Thiago Felipe Venceslau, de 26 anos que residia na rua do Índico no mesmo bairro.

Ele foi abordado por elementos na porta de casa saiu, correndo e foi perseguido e foi baleado, depois de atingido ele carreu mais uns cem metros, tentou se refugiar em uma padaria, mais caiu sem vida na porta.

A vítima era usuária de drogas, e família da mesma não saber quem são os elementos.
------------------------------------------------------------------------------------------

VÍTIMA
Foto: divulgação Blog do Adielson Galvão.
O terceiro crime aconteceu na Rua Tales Mileto, no bairro José Liberato.

A vítima o ex-presidiário Everton Felipe Lopes da Silva de 25 anos que residia próximo onde foi morto.

Segundo as informações da polícia, Everton estava caminhando pela rua quando foi abordado por quatro elementos que estava em um veículo prata, pararam o carro, desceram todos encapuzados e executaram a vítima com vários tiros.





quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

AÇÃO CONJUNTA DO EFETIVO DO 4° BPM E DA 11ª CIPM PRENDERAM DOIS ASSALTANTES E APREENDERAM DUAS ARMAS DE FOGO NO SÍTIO CAJARANA EM ALTINHO.

Um assaltante morreu e o outro ficou ferido.
Elemento que morreu durante a ação policial.
A ação conjunta do efetivo do 4° BPM e da 11ª CIPM aconteceu no inicio da tarde desta quinta-feira (31/1) no Sítio Cajarana zona rural de Altinho-PE. Foram preso dois meliantes que praticavam assaltos em Altinho, Ibirajuba e Lajedo, também foram apreendidas duas armas de fogo.

Os assaltantes reagiram a prisão e foram atingidos por disparos de arma de fogo, foram socorridos para o hospital de Ibirajuba em seguida transferido para o HRA em Caruaru, porém um deles não resistiu aos ferimentos e morreu, o segundo foi transferido para o Hospital da Restauração na capital pernambucana.

A ocorrência foi registrada na delegacia da cidade de Altinho, onde foram tomada todas as medidas necessárias.


CURTO CIRCUITO EM UM CARREGADO DE CELULAR PROVOCOU INCÊNDIO EM UMA RESIDÊNCIA NA CIDADE DE IBIRAJUBA.

O incêndio ocorreu por volta de meio dia de quarta-feira (30/1) na Rua Vereandor Manoel Justino Duarte no bairro Cruzeiro na cidade de Ibirajuba-PE.

O incêndio foi provocado por um curto circuito em carregador de celular que estava na tomada em um dos quartos da casa. O fogo destruiu moveis, roupas utensílios domésticos e atingiu o teto da casa, queimando todo forro de PVC. 

No momento do incêndio os moradores não estavam na residência. Os vizinhos perceberam o fogo, arrombaram a porta e conseguiram apagar as chamas. Mesmo assim o prejuízo foi grande. 
 O morador da casa falou que costumava deixar o carregador na tomada, mesmo quando não estava usando. 


quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

FALTA DE CHUVAS PROVOCA COLAPSO DE BARRAGENS E AS CIDADES DE ALTINHO E AGRESTINA PASSAR A SEREM ATENDIDAS EXCLUSIVAMENTE PELO SISTEMA DO PRATA.

A escassez de chuvas, em seu oitavo ano consecutivo de seca, tem provocado a redução dos níveis dos mananciais utilizados para abastecimento de água ou até mesmo o colapso dos reservatórios. Duas barragens localizadas no Agreste exemplificam essa realidade. Entraram em colapso as barragens de Serra do Jardim, em Agrestina, e Mondé, em Altinho. Por conta dessa situação, a Companhia Pernambucana de Saneamento-Compesa vai atender os dois municípios apenas pela Barragem do Prata, que fica em Bonito, também no Agreste. Antes de secar, Serra Jardim e Mondé reforçavam, junto com o Prata, o abastecimento dos dois municípios. 

Com a mudança, os 24 mil moradores de Agrestina terão a partir da próxima segunda-feira, 04, um novo calendário de distribuição. O município que recebia água no regime de três dias com água e seis sem, passará para três dias com água e nove dias sem água. 

Apesar do colapso da Barragem de Mondé, em Altinho, o regime de abastecimento não será alterado, ou seja, permanecerá o calendário de quatro dias com água e 12 sem, cuja vazão para suprir as necessidades dos 22 mil moradores de Altinho também vem da Barragem do Prata. "Apesar dessa estratégia para não deixar a cidade sem água, a Compesa alerta que poderá haver queda de pressão na cidade e que os técnicos estarão monitorando os ciclos de abastecimento para os ajustes necessários", informa o gerente de Unidade de Negócios da Companhia, Augusto Dantas.

BRUMADINHO-MG: 84 MORTES FORMA CONFIRMADAS ATÉ AGORA; 276 ESTÃO DESAPARECIDAS.

As buscas às vítimas da tragédia provocada pelo rompimento de uma barragem da mineradora Vale em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), entraram pelo sexto dia nesta quarta-feira (30/1). O trabalho de resgate, a partir de agora, deve ser mais intenso, já que a lama está mais seca. As equipes passam a poder usar equipamentos mais pesados, como escavadeiras. 

Mais corpos foram encontrados na região do Parque das Cachoeiras, nesta quarta, mas o número oficial ainda não foi informado pelas autoridades. 

Dos 84 mortos confirmados até agora, 51 já foram identificados, segundo a Defesa Civil de Minas Gerais. Há ainda 276 desaparecidos – 106 funcionários da Vale e 170 terceirizados ou moradores da região Brumadinho. O número de pessoas desalojadas subiu de 135 para 175, segundo o governo de Minas Gerais. 

A barragem de rejeitos, que ficava na mina do Córrego do Feijão, se rompeu na sexta-feira (25/1). O mar de lama varreu a comunidade local e parte do centro administrativo e do refeitório da mineradora. Entre as vítimas, estão pessoas que moravam no entorno e funcionários da mineradora. A vegetação e rios foram atingidos. 

NÚMEROS DA TRAGÉDIA
84 mortos confirmados
51 mortos identificados - Veja Lista
276 pessoas desaparecidas - Veja Lista
192 pessoas resgatadas com vida - Veja Lista
391 pessoas localizadas.

De acordo com o porta-voz da Polícia Civil de Minas Gerais, delegado Luis Carlos Ferreira, os corpos resgatados da lama estão chegando ao Instituto Médico Legal (IML) em estado avançado de decomposição, o que obrigaria os funcionários da equipe a "montar um quebra-cabeça". Por isso, a identificação é feita prioritariamente por meio de arcadas dentárias e exames de DNA.

O porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, tenente Pedro Aihara, comentou o aumento das dificuldades do trabalho. "Em primeiro lugar, é bem impactante. Pela força da lama, muitas vezes não é possível encontrar o corpo íntegro. Muitas vezes são localizados segmentos de corpos", afirmou. Segundo ele, o fato de o ambiente estar "tomado de lama" torna difícil "identificar o que é um corpo, o que pode ser matéria orgânica de um animal".
Fonte: G1

DIRIGENTE ÁRABE AFIRMA QUE PRODUTOS BRASILEIROS PODEM SOFRER BOICOTE.

Ação poderia ocorrer em função da possibilidade da transferência da embaixada do Brasil em Israel.
Secretário-geral da União de Câmaras Árabes, Khaled Hanafy afirma que a transferência da embaixada do Brasil em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, se concretizada, pode gerar um boicote dos consumidores árabes a produtos brasileiros. 

"Esse tipo de anúncio [a transferência da embaixada em Israel] será entendido pelos consumidores na região árabe de forma negativa. E esses consumidores podem se comportar de uma forma agressiva contra os produtos brasileiros, o que terá um impacto severo nos produtores do Brasil, principalmente nas pequenas empresas", diz Hanafy, dirigente da entidade que representa as câmaras de comércio de 21 países árabes. 

Hanafy, que foi ministro de Abastecimento e Comércio do Egito, se encontrou em Brasília nesta terça-feira (29/1) com o presidente interino Hamilton Mourão (PRTB) e com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina (DEM). 

O Brasil é um grande exportador de proteína animal a países do mundo árabe. 

Promessa de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL), a mudança da embaixada em Israel para Jerusalém significaria um endosso do Brasil ao pleito de Israel de ter a cidade reconhecida como sua capital. Os árabes, por outro lado, defendem que a porção oriental de Jerusalém seja a capital de um futuro estado da Palestina

Mourão tem atuado como um contraponto a Bolsonaro nas relações do Brasil com as nações árabes. 

Nesta segunda-feira, por exemplo, o presidente interino disse que, pelo momento, o Brasil não avalia transferir a sua missão diplomática de Tel Aviv para Jerusalém.

Veja abaixo a entrevista do secretário da Árabe.

PERGUNTA - Qual a mensagem que o senhor transmitiu ao presidente interino Mourão e à ministra Tereza Cristina? 
Khaled Hanafy - Eu não estou transmitindo uma mensagem política. A União de Câmaras Árabes não é uma entidade política. O que fizemos, quando chegamos à questão da transferência da embaixada, foi transmitir o ponto de vista do consumidor da região árabe.
Nós apenas traduzimos o nosso entendimento sobre o comportamento dos consumidores na região árabe. Esse tipo de anúncio [a transferência da embaixada em Israel] será entendido pelos consumidores na região árabe de forma negativa. E esses consumidores podem se comportar de uma forma agressiva contra os produtos brasileiros, o que terá um impacto severo nos produtores do Brasil, principalmente nas pequenas empresas. E, claro, terá um grande efeito sobre os empregos aqui.Se esse movimento dos consumidores ocorrer na região será muito difícil pará-lo ou revertê-lo. Hoje as redes sociais são muito ativas e isso provoca todo mundo a reagir.
PERGUNTA - O senhor está dizendo que os consumidores árabes podem reagir ao alinhamento do Brasil a Israel no tema do conflito com a Palestina?
Khaled Hanafy - É um tema muito sensível e ninguém pode controlar a reação. Por que é uma reação dos consumidores.
Nós tivemos alguns exemplos no passado, em relação a produtos muito famosos, que os consumidores árabes decidiram boicotar por motivos parecidos. Ninguém conseguiu resgatá-los e eles saíram do mercado.Até agora, os produtos brasileiros são muito bem recebidos na região árabe. Os árabes veem os brasileiros e os produtos brasileiros de uma forma muito positiva. Nós tememos que essa percepção seja danificada. 
PERGUNTA - Em novembro o Egito se negou a receber uma delegação brasileira chefiada pelo então chanceler Aloysio Nunes. Mais recentemente, a Arábia Saudita removeu alguns exportadores brasileiros da lista de empresas autorizadas a vender carne de frango para o país. O senhor considera que esses dois eventos foram retaliações à promessa de Bolsonaro de transferir a embaixada em Israel? 
Khaled Hanafy - Eu não posso comentar porque não tenho o contexto desses dois incidentes. Mas o que eu posso dizer é que, até o momento, o mercado árabe e os consumidores árabes não estão muito cientes do anúncio da mudança da embaixada do Brasil em Israel. Quando esse anúncio ficar mais conhecido, ninguém poderá controlar as ações.


PERGUNTA - Qual o impacto financeiro para as empresas brasileiras que isso pode representar?
Khaled Hanafy - Uma das empresas me mencionou hoje que mais de 30 mil empregados podem ser afetados aqui no Brasil. Isso é apenas uma empresa. Se fizer as contas em relação ao volume atual de negócio, você pode imaginar que há centenas de milhares de empregos que serão afetados. Mas se você também considerar o potencial das relações do Brasil com os países árabes, isso será com certeza muito maior. Porque não estamos falando apenas sobre o estado atual dos negócios. Estamos falando sobre ter no futuro mais e melhores negócios em dimensões diferentes. Então isso pode ser afetado de uma forma negativa e dramática.


PERGUNTA - Qual o potencial da relação comercial do Brasil com os países árabes?
Khaled Hanafy - Aumentar as exportações é só uma coisa, que é manter o padrão atual dos negócios. O que estamos propondo e discutindo aqui é ter um padrão diferente de fazer negócios. Em vez de exportações, importações e comércio, estamos falando sobre aliados estratégicos. Neste caso estamos falando sobre criar hubs logísticos na região árabe para armazenar e distribuir os produtos brasileiros para os países árabes e outras nações. Também estamos falando em agregar valor aos produtos brutos exportados do Brasil, de forma que o retorno seja maior para os produtores e para os consumidores na região árabe. Também estamos falando sobre um sistema marítimo de transporte que reduzirá o custo do transporte e aumentará a competitividade dos produtos brasileiros.


PERGUNTA - Essa reação dos consumidores que o senhor mencionou é algo que pode ocorrer em todo o mundo árabe ou pode ficar restrito a apenas alguns países?
Khaled Hanafy -  Eu acho que isso afetará quase todos os países árabes. E será negativo para os produtos brasileiros. De novo, eu não estou falando sobre um boicote oficial ou sobre ações políticas. Eu estou falando sobre mercado, sobre consumidores e sobre o comportamento dos pequenos empresários nos países árabes.
Seria algo muito forte, porque nós temos alguns exemplos que aconteceram, na última década, quando os consumidores reagiram de forma negativa em relação a determinados produtos.             Fonte: Notícias ao Minuto.

PRESIDENTE DO SUPREMO AUTORIZA IDA DE LULA A SÃO PAULO PARA VELÓRIO DO IRMÃO.

O presidente do Supremo do Tribunal Federal, Dias Toffoli, de plantão na Corte, autorizou nesta quarta-feira (30/1) o ex-presidente Lula a deixar a prisão, em Curitiba-PR, e ir a uma unidade militar em São Paulo por causa do velório do irmão Genival Inácio da Silva, conhecido como Vavá, irmão do petista, que morreu nessa terça-feira (29/1), em São Paulo, vítima de câncer no pulmão.

Lula só poderia se encontrar com familiares e, se os parentes quiserem, poderão levar o corpo de Vavá para ser velado no local. Toffoli proibiu a presença da imprensa e que Lula faça declarações públicas ou use celulares e outros meios de comunicação externos.

O sepultamento estava previsto para as 13 horas (horário de Brasília) e a decisão de Toffoli saiu às 12h45. Quando a informação sobre a decisão do ministro saiu, o irmão de Lula já estava sendo sepultado.
Fonte: NE10/Blog do Jamildo.

Pesquisar este blog