O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que está "perdoando os golpistas" e que é perseverante para "virar o jogo e trazer a democracia de volta".
"Estou perdoando os golpistas que fizeram essa desgraça no país", disse em referência a Juscelino Kubitschek, que perdoava os militares após tentativas de derrubá-lo.
Lula discursou em Belo Horizonte, onde encerrou nesta segunda (30/10) sua caravana por Minas Gerais. Durante oito dias, ele percorreu 20 cidades pelo interior do Estado.
Afirmando ter convicção de que é possível recuperar o país, ex-presidente voltou a defender um referendo revogatório e a democratização dos meios de comunicação.
"Se o PT não tiver alternativa, se a esquerda não tiver alternativa, eu posso voltar a ser candidato", afirmou.
A defesa da ascensão da classe média e dos programas na área de educação pautaram o discurso do petista. Lula também criticou as medidas do presidente Michel Temer (PMDB), afirmando que ele "praticou um aborto no futuro do país".
Disse ainda que se houve corrupção na Petrobras, a solução não é "destruir a empresa porque quem paga é o Brasil".O petista voltou a atacar as denúncias de corrupção contra ele e dizer que quer um pedido de desculpas. "Eu e Marisa [Letícia, sua mulher] não nascemos para roubar."
O ato encheu a praça da Estação, mas a Polícia Militar não divulgou estimativa de público.
A 600 m dali, na praça Sete, cerca de 200 opositores fizeram uma manifestação com o boneco inflável Pixuleko, que representa Lula como um presidiário.
O ato foi organizado pelo MBL (Movimento Brasil Livre), Vem pra Rua e Direita Minas, que apoia o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) para a Presidência.
Fonte/Notícias ao Minuto.