A Polícia Civil e a Polícia Militar de Pernambuco vão investigar, em conjunto, o linchamento de Antônio Lopes Severo, de 42 anos, conhecido como Frajola, suspeito de violentar e assassinar Arthur Ramos nascimento, de 2 anos.
O homem foi linchado pela população quando era conduzido para a delegacia de tabira. Vídeos nas redes sociais mostram o tumulto e a revolta da multidão.
A mulher que é suspeita de ter participado do crime, Giselda da Silva Andrade, 30 anos, também foi ferida. A prisão do casal ocorreu na noite desta terça-feira (18/2) no município de Carnaíba.
Durante a transferência dos suspeitos, moradores da cidade retiraram o homem da viatura policial e o lincharam. O homem foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu no hospital.
Diante dos fatos, a Polícia Civil instaurou um inquérito para identificar os responsáveis pelo linchamento do suspeito. As diligências seguem para a total elucidação do crime contra o menor de idade e dos eventos subsequentes", informou a polícia.
ENTENDA O CASO
O crime aconteceu no bairro de João Cordeiro e foi registrado, de acordo com a Polícia Civil, como homicídio por violência doméstica e familiar.
Arthur foi encontrado sem vida e com indícios de violência física e sexual. O corpo do menino foi encaminhado ao Instituto de Medicina Legal (IML) para determinação da causa da morte.
No fim de semana, a mãe de Arthur estava em outro estado e deixou a criança sob os cuidados de Antônio e Giselda. Ainda não há informações sobre o motivo da viagem.
De acordo com a delegada responsável pelo caso, Joedna Saores, o casal já tinha antecedentes criminais e havia sido preso anteriormente por homicídio e tráfico de drogas.
No dia do crime, os suspeitos teriam agredido o menino e fugido do local. Uma vizinha encontrou a criança dentro da casa, com diversas lesões pelo corpo, e acionou a polícia. Ainda segundo a delegada, a mãe da vítima não teve envolvimento no crime.
O Conselho Tutelar foi acionado após a criança chegar ao hospital já sem vida. Segundo o conselheiro Júnior de Zé Rita, a instituição não tinha conhecimento da situação da família. "Até então, não tínhamos nenhuma informação. (...) Quando surgiu o nome da genitora foi que nós saímos colhendo informações até chegar no nome da criança", afirmou.
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