segunda-feira, 18 de novembro de 2024

CRÔNICA ESPORTIVA

FUTEBOL NO RÁDIO.
 
Em dia de jogos, o radinho de pilhas era como se fosse o último como d'água no deserto. Quando começava a jornada esportiva, vinha a vinheta com o nome o locutor. Vos digo: era explícito o milagre gerado pela emoção radiofônica. Quem jogava: Os repórteres de campo espalhavam uma nostalgia coletiva. O narrador tinha fidelidade à bola.
 
Na hora do gol, havia quem beijasse o rádio, tamanha era a alegria. As chuteiras dos artilheiros espalhavam pétalas de rosas, orquídeas ou algo parecido. O jogo no rádio tinha uma liturgia divina. 
 
Foi um tempo em que o futebol vivia imóvel em nossos corações. E cada ouvinte não comprava 1 quilo de farinha na bodega sem antes comentar: "No jogo do domingo à tarde, transmitido no radinho de pilhas".
Quanta saudades!!!  

 

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