sábado, 12 de outubro de 2024

NÚMERO DE MULHERES ELEITAS PARA PREFEITAS DIMINUIU EM PERNAMBUCO.


Dos mais de 180 prefeitos eleitos no Estado, apenas 29 são mulheres, número inferior a 2020.

O número de mulheres eleitas para prefeituras de Pernambuco diminuiu neste pleito municipal. De acordo com os dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 29 prefeitas foram eleitas no Estado, seis a menos em comparação com as eleições de 2020, quando 35 mulheres foram escolhidas pelos pernambucanos para comandar o executivo municipal.

Esse número pode aumentar, caso a candidata à prefeitura de Olinda, Mirella Almeida (PSD), seja eleita no próximo dia 27, no segundo turno do município.

No Estado de Pernambuco, 16.060 candidaturas foram registradas pelo TRE-PE, mas apenas 5.508 foram de postulantes femininas, sendo 8w6 para prefeitura, 131 para vice-prefeitura e 5.291 para o cargo de vereadora. Na capital pernambucana, por exemplo, das 534 candidaturas, apenas 184 foram de mulheres: três a prefeita, quatro para vice-prefeita e 177 para vereadora.

Ainda segundo os dados divulgados pelo TSE, apontam que as mulheres são maioria do eleitorado em Pernambuco, no pleito deste ano. Em 174 cidades das 184 do Estado, um equivalente a 94% dos municípios, o público feminino fica à frente do masculino.

Apesar desse percentual expressivo, percebe-se que as pernambucanas elegem mais homens do que mulheres para cargos públicos nas eleições. Essa tendência reflete diretamente na falta de representatividade feminina em cargos de tomada de decisão tanto em Pernambuco quanto no Brasil, como explica a cientista política, Priscila Lapa, Doutora em Ciência Política pela Universidade Federal de Pernambuco.

"Existe claramente no Brasil um descompasso na representação política. Se você tem um conjunto majoritário no eleitorado que faz a escolha a ele não tem essa mesma proporção de representação nas instâncias políticas, sobretudo, no legislativo, que é essa instância representativa, você pode estar tendo claramente um processo de distorção na representação política, que tem a ver com as vias de acesso" disse. "Então, o problema é de origem, inicialmente, de não percepção de que a mulher pode, de maneira igualitária, da mesma forma que o homem, ocupar esses espaços de poder, seja na representação nos partidos ou no comando", completou. 
Reportagem: JC

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