Que vontade de voltar ao velho sítio Gavião, acordar cedo, esperar minha mãe varrer o terreiro para botar o café. Depois ir pescar no Rio, assar o peixe na beira d'água, e sem nenhuma inquietação na alma, tomar banho na água calma e fria. Ver meu pai, pendurar em uma vara de pau, alguns peixes ainda vivos, com os pés descalços voltar para casa.
Ás pessoas da cidade, não tinham boas notícias nos jornais, o preço do pão, a morte do guarda noturno, foi infarto, não, foi a tiros... No sítio Gavião não havia notícias, nem grilos em postes, e isso era tão bom.
A Escola Manoel Moreira da Costa é sonho, mas antes pegamos tuins e curió. O radinho de pilhas, anuncia o desaparecimento de um cachorro. Meus Deus! Com tantos pirulitos e algodão doce, falar do desaparecimento de um cachorro, dá vontade de rir.
O redemoinho entra pela a porta, o fogão de lenha quase se apaga, o bêbado se assombra.
Que sol de solidão, que lua tão grande no sítio Gavião, às noites são dos vagalumes...
E minha mãe, nos dava à benção, e a vida não precisava lutar contra a morte.
Se é que vocês me entendem.
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