segunda-feira, 6 de março de 2023

CRÔNICA DE MÁRIO SANTOS

A crônica do meu sentimento

SAÚDE...
Há alguns anos atrás, eu acreditava em um futuro glorioso para mim. Até que, na tarde de um 23 de fevereiro, a grama fresca dos meu planos, deu lugar às lágrimas. Tive uma notícia nada agradável, "Você Mário Santos, precisa fazer exames", falou o médico. Aquilo foi para mim, como ser fosse uma bomba de meteoritos mal intencionados. Meu Deus! O que dirão às borboletas e às lagartixas, quando souberem que eu estou doente? Ora essa, todos eles já sabem da minha depressão, o pãozeiro, o vendedor de pirulitos, o vendedor de algodão-doce, o rapaz do caldo de cana com pão doce, estes sim, o que eles dirão quando souberem que Mário Santos não irá mais pescar no Rio Chata? Até às casas da rua 26 de Março no Mutirão, agora espiam pra o rapaz do sítio Gavião e ficam tristes. Pasmem vocês, até a própria Compesa, fez lamentações nas páginas dos jornais, com pena de Mário Santos. Nas secretarias da prefeitura, ninguém deu informação do filho de dona Marina. Na última feira livre do Mutirão, ele estava bem, disse o vendedor de tomate, abacaxis e melancia. Pedrinho, de apenas 9 anos de idade, chorou quando soube que Mário Santos estava no Hospital. Pobre garoto, nasceu no sítio Gavião, e tantas e tantas vezes comeu rapadura na casa Rosa, número 121 no velho gavião. Em quase meio século de vida, escrevi 1800 e tantas crônicas, tenho algum mérito? Só Clemildo Galdino é quem pode dizer! Injeções na veia, uma lista interminável de comprimidos, e um tempo de vida tão pouco. Vos digo; hoje, estou mais preocupado com às cigarras, elas não cantaram mais, acho que o verão já acabou. Consegui sintonizar a Rádio Nacional de Brasília, mas já são quase 10 horas da noite, e ainda não tomei meu remédio. Sinto dores de cabeça, e os gatos agora desfilam na rua 26 de março no Mutirão. 
Vejam vocês; se Mário Santos morrer, peço-vos que digam ao velho Chico de Zumira, que às flores do Mandacaru nunca esquecerão seu filho. Mas, se Mário Santos alcançar a Crônica de número 5 mil, acredito que, a Prefeitura farpa uma fábrica de algodão-doce só para ele.
Se é que vocês me entendem!!!


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