A crônica do meu sentimento.
O TEMPO
O pãozeiro já saiu para vender o pão. O leiteiro com garrafas vazias, conta o apurado do dia.
Na rua mais estreita da cidade, um cadáver descansa num frio caixão.
Uma mulher grávida, escolhe o nome para o filho, que nome será? José, Maria, Domingos?
Os estudantes da escola Manoel Moreira da Costa, povoam às calçadas, as borboletas, circulam nas flores da praça.
Os bêbados, fazem discursos intermináveis. Mulheres lavam roupas na beira do açude, os sapos proclama a república.
Quando o rei morre, os ratos assume a cora, e às vidas, uma a uma vão passando.
Depois do trabalho, uma caneca d'água, acendo um cigarro.
Com os pés na lama, pego um peixe, a cachaça fica para meu primo Garibaldi.
O sol se esconde nos beiços da morena, na rede branca me balanço.
Lá se foi mais um dia, amanhã escovarei os dentes, e depois do café, irei visitar Machado de Assis.
Um velho cochila na porta de sua casa, às luzes da cidade ainda estão acesas, tudo passa, tudo vive e morre.
E só a biblioteca, um dia nos dará a vida eterna.
Se é que vocês me entendem.
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