A crônica do meu sentimento
EM MEMÓRIA
Quando eu morrer, não chorem antes do sepultamento, distribuam pirulitos e algodão-doce.
Se alguém desconhecido perguntar, de que ele morreu? Digam que morri de saudades do sítio gavião, digam que morri de saudades da Banda de Pífanos do Alto de São Francisco, digam que morri de saudades de Dona Marina e seu Chico de Zumira.
E se perguntarem que foram meus amigos, digam que foram os passarinhos, às borboletas, os bêbados e o todos aqueles que um dia deram-me pão e vinho.
Se alguém quiser o que eu fui, peçam silêncio, e se alguém quiser dizer o que eu não fui, deixai, com certeza ele se decepcionará e se calará.
E faltando apenas dois passos, para o último adeus, espero que o mais triste de todos, diga olhando para mim: "O sítio Gavião nas noites de lua, perguntará por ti", e minha alma em paz, comerá bolinhos de goma, ouvindo a voz dos grilos.
Uma cruz, minhas crônicas, às luzes do mais nada, e um vento de solidão...
Se é que vocês me entendem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário