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A crônica do meu sentimento
O QUE SOMOS
Assim que eu me entendi por quase gente, percebi que em meus pés, haviam pedras, sapos e unhas cravadas. E que a estrada só ficou mais curta, quando meus dentes alcançaram sua própria independência.
E vos digo: Uma independência postiça, uma temática onde a matemática nos dá um contexto de gente bicho, gente que só sabe improvisar, bem diferente do papagaio, que só repete palavras e frases. Nessa metamorfose, somos bicho, eternamente mortos na hipocrisia de Cleópatra. Sepulcros imaculados! Uma raça gente, semente do nada.
Somos tudo, somos bicho.
Se é que vocês me entendem.
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