sexta-feira, 5 de agosto de 2022

CRÔNICA DE MÁRIO SANTOS

A crônica do meu sentimento

SONHO E SONHOS
É noite. Chove, e não podemos fazer um flashback nas esquinas. 
Às luzes do Manoel Moreira, agora parecem pirilampos. Já pensou, chuva, escolas em silêncio e os gatos obesos cochilando sobre os livros.
Um verdadeiro dilúvio de melancolia.
Outrora, os telejornais e os programas de humor, formavam casais e o horóscopo os casavam. O futebol na TV, era sagrado, pais e filhos dividiam a arquibancada no sofá. 
Já se foi o tempo dos contos de Pelé e Garrincha. Eis a verdade amigos... o pirulito na tábua e o algodão-doce, deram frutos que a própria novena das 8 não nos contou.
O circo em nossa cidade, já teve status de um rei africano. E todos perguntavam, quem será o palhaço? Deve ser um sujeito angelical, um herdeiro da felicidade, de rosto e nariz coloridos; e acreditem vocês, o palhaço é um ser que nunca morre.
Tínhamos também no 7 de setembro, o desfile dos alunos das escolas de todo município. Sapatos azuis e branco (da marca Conga), camisa branda e calção azul-escuro, subindo e descendo às ruas da cidade, ao som da banda do Colégio Manoel Moreira. Quanta disciplina... sonhadores em fila.
Às igrejas anunciavam o tempo de Deus, ao som do sino... blém, blém, blém! Só com rezas e orações, é que podíamos viajar em uma fábrica de chocolates, sonho e sonhos.



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