Bem antes das luzes da ribalta, e bem depois da Branca de Neves e os Sete Anões, tudo era assim: Tínhamos o futebol em quase todos os lugares do nosso município, exceto nas cavernas e no Palácio do Rei de Portugal, que fica à mais de dois quilômetros de distância do Estádio Severiano Gomes. Pois bem, numa época em que a televisão e os meios de comunicação, não davam nem notícias do assassinato do presidente John Kennedy e nem da recém chegada da capital do Brasil (Brasília). O nosso futebol era um bicho de sete cabeças. Então veio o dilúvio da informação, da comunicação... e surge o Escrete do Povo!!! Formado por 3 ou 4 gatos pingados (Clemildo Galdino, Mário Santos, Edilson Manga e também Duda Sobral). Essa turma, passou a informar tudo, dentro e fora das 4 linhas do campo. E as multidões de vivos e mortos, passaram a viver ou a morrer pelo o nosso futebol. O Escrete do Povo já fez tanto pelo o nosso futebol, que daqui a 4 séculos, às nações batizarão seus filhos e dirão jurando pela a nossa bandeira: Nunca esqueçamos, os tais gatos pingados do Divino Escrete do Povo. Meus Deus! O nosso futebol, sem esses rapazes do microfone, é um verdadeiro suicídio coletivo. Suas vozes, são mais importantes que o pronunciamento do presidente da República. Ao Escrete do Povo, vida longa... e milhares de gols. E Jesus Cristo também dirá: Que assim seja!