terça-feira, 16 de novembro de 2021

CRÔNICA DE MÁRIO SANTOS

PONTO VÍRGULA E RETICÊNCIAS
QUANDO
Quando eu quis tapar o sol com a peneira, tornei-me mais amigo das borboletas.
Senti o perfume de Deus, vindo dos lírios dos Campos.
Mergulhei no vento, dormi com os pássaros nos galhos do Ipê.
Quando eu quis tapar o sol a peneira.
Fui mais amigo da lua e das estrelas.
Aprendi mais de Deus olhando o entardecer, onde meus pensamentos saíram a galope, desfilando imponentes no dourado crepúsculo.
Quando eu quis tapar o sol com a peneira.
A cigarra preparou-me um belo quarto, no tronco da árvore mais pacata de toda floresta.
E o menestrel Uirapuru, entoou melodias angelicais, fazendo-me tapar o sol com a peneira.

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