terça-feira, 2 de novembro de 2021

CRÔNICA DE MÁRIO SANTOS

 
PONTO, VÍRGULAS E RETICÊNCIAS
Quando eu morrer
Quando eu morrer, deixarei esse mundo tão efêmero, e de coisas tão banais. Serei jogado em uma cova fria, onde não lembrarei de nada mais. 
Os amigos terão uma tristeza irresistível, me levarão até a região do silêncio e saberão que morri definitivamente.
Naquela cova fria ficará junto comigo, os amores e os afagos, às crianças, às mulheres, às amizades. 
A saudade do meu pobre pai, a essência de suas palavras, seus conselhos, sempre estarão ali comigo. 
Quando a aurora irradiante, cortar o véu dos montes, saberás que não estou mais aqui.
Quando o vento dos bosques entoar sua canção entre os eucaliptos, saberás que morri. Aqueles que me amaram, farão um pranto profundo, mas com o passar do tempo, saberão que encontrei um outro mundo.

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