terça-feira, 12 de outubro de 2021

CRÔNICA DE MÁRIO SANTOS

A CRÔNICA DO MEU SENTIMENTO.

A casa Velha
Já se passarão muito anos, mas às recordações ainda estão muito presentes. Sei detalhar tim-tim por tim-tim da velha casa onde passei toda a nossa infância. 
Três quartos, uma sala, uma cozinha pequena, um banheiro bem simples. A cor das paredes, eram todas brancas, com portas e janelas azuis. E uma linda goiabeira no fundo do quintal, onde fazia sobra pra mim brincar. 
Os talheres todos nas cores verde e azul, mamãe os guardava com maior carinho. 
Nas noites de lua, falávamos com às estrelas estampadas no véu prateado, que forrava o infinito céu.
Bem no pezinho das paredes havia vários pés de Dama-da-noite, onde minha alma criança ficou presa, entre o doce perfume e a dor da saudade. 
Naquele castelo de sonhos, tive tristezas e alegrias, que se entrelaçaram ao meu espírito e descerão comigo a sepultura. Ao vê os torrões da casa velha, onde papai e mamãe fizeram planos com suor e lágrimas, morro e ressuscito. Não ao terceiro dia, mas todos os dias, numa lembrança repleta de gratidão, de quem foi feliz e não sabia.      

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