PAULO CÂMARA Governador de Pernambuco |
Ao contrário de outros estados do País, que foram recomendados e não tomar participação na manifestação por causa de seu caráter político, a Polícia Militar de Pernambuco disse que os policiais que estiverem de folga estão livre para tomar parte nos atos. A politização dos Pms, braços armados dos estados, se tornou uma preocupação após o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afastar um comandante que incentivou seus subordinados a tomarem parte nos atos pró-governo federal.
"A gente trabalha incansavelmente aqui em Pernambuco a importância de temos uma polícia rigorosa na segurança pública em relação à criminalidade, mas que respeite os direitos humanos e as garantias de ir e vir das pessoas. Não vamos admitir em nenhum momento a politização das nossas polícias e das forças de segurança. Então, eu espero que haja serenidade e responsabilidade de todos os que vão participar de protesto amanhã", disse o governador.
Especificamente no caso dos policiais militares, Paulo Câmara lembrou que a questão da hierarquia é muito importante. O socialista fez questão de afirmar que respeita todos os policiais e, portanto, é necessário que eles saibam respeitar também os regulamentos de hierarquia da PM estadual.
"Não vamos admitir politização no âmbito das nossas forças policiais. Qualquer ato que possa descumprir os regulamentos instituídos é alvo de punição. Com apuração adequada, com o devido respeito ao contraditório", sinalizou à tropa.
O governador disse ter uma preocupação com as manifestações convocadas para o feriado de 7 de setembro pela forma como elas foram convocadas e pelos ataques feitos pelo presidente Bolsonaro às instituições ao longo dos últimos meses. Ele afirmou, porém, que espera que os atos em Pernambuco sejam pacíficos e ocorram dentro do espírito democrático.
"Vamos ficar atentos a excessos. Não vamos admitir excessos. E eu espero que os manifestantes respeitem o estado democrático de direito e as instituições. A gente espera que ocorra na ordem que foi combinada com o organizadores", afirmou.
Segundo Paulo Câmara, todos os organizadores de atos, no Recife e no interior, foram procurados pelas autoridades estaduais para conversar, inclusive para alinhar o roteiro das manifestações. Esse movimento foi feito, principalmente, para evitar cenas de violência policial como as que a PM praticou contra manifestantes anti-Bolsonaro em maio deste ano.
"Desde o incidente que nós tivemos em 29 de maio que nós atuamos para não deixar, realmente, que nunca mais ocorra cenas como aquelas em Pernambuco. Temos tido o cuidado de chamar previamente os organizadores de todos esses atos para conversar, combinar o roteiro. É bom para quem vai se manifestar, para quem está acompanhado, e para quem não está participando", declarou.
fonte: JC
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