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Com foco em amenizar os impactos causados pela
pandemia da Covid-19, o Ministério da Saúde vai repassar aos municípios
brasileiros R$ 650 milhões para aquisição de medicamentos para a saúde mental.
Os repasses serão feitos em parcela única ao
Fundo Municipal de Saúde e os valores destinados a cada localidade foram
definidos com base no número de habitantes e no Índice de Desenvolvimento
Humano Municipal (IDHM).
A verba federal irá financiar a aquisição de
medicamentos já ofertados no Sistema Único de Saúde (SUS) no âmbito do
Componente Básico da Assistência Farmacêutica. Atualmente são ofertados 22 medicamentos,
previstos na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais – Rename.
“Já
estamos nos preparando para o enfrentamento da quarta onda da pandemia, como é
conhecida. É um adoecimento mental da sociedade, quando uma série de doenças
provocadas pelas mudanças bruscas e o medo da Covid-19 geram consequências na
saúde mental. Isso pode envolver situações de estresse, ansiedade, transtorno
bipolar, irritação, paranoia, insônia, várias condições”, destaca o secretário
de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde, Hélio Angotti
Neto.
Os
municípios terão de prestar contas dos medicamentos adquiridos com o repasse
feito pelo Ministério da Saúde, como explica a coordenadora de Saúde Mental do
Ministério da Saúde, Maria Dilma Alves Teodoro. “A comprovação do uso dos
recursos é feita por meio do Relatório Anual de Gestão. Esse relatório vai
incluir todo esse recurso, comprovar que ele foi utilizado para esse fim. Ele
(gestor) vai apresentar esse relatório no Conselho de Saúde até 30 de março do
ano que vem”, diz.
Para
o especialista em Direito Constitucional, Renato Araújo, o Ministério da Saúde
demorou em tomar medidas de auxílio à saúde mental. Na avaliação de Araújo, o
cenário da pandemia poderia ser outro se o governo tivesse adotado ações
preventivas no início da crise.
"O governo Federal, em especial o Ministério da Saúde, tem adotado agora, de forma tardia, medidas e procedimentos de contenção à pandemia. Toda medida de enfrentamento à pandemia é bem-vinda, todavia se essas medidas tivessem sido adotadas no início, sem ceticismo, é possível que esse cenário de mortos fosse menor", opina.
Fonte: Brasil 61.
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